segunda-feira, 11 de junho de 2018

Os ladrões na Cruz.  Lucas 23. 39_43.

" O ladrão bom " e " O ladrão mal "

Estes se chamavam Dimas e Gestas, e foram presos em Jericó por Pilatos, fato que se tornou ainda mais vergonhoso para Jesus ao ser crucificado entre eles.

1°. Vamos começar por Dimas (o bom ladrão), aquele que se arrependeu e se redimiu dos seus pecados aos “45 minutos do segundo tempo”. Dimas era de origem galiléia e assaltava os ricos para favorecer os pobres. Mesmo sendo ladrão costumava sepultar os mortos, dedicava-se a saquear a turba dos judeus. Roubou livros em Jerusalém, despiu a filha de Caifás (sacerdotisa do santuário), também furtou o um tipo de “depósito secreto” construído pelo Rei Salomão. Curiosamente a igreja católica tem Dimas como o santo protetor dos pobres agonizantes, dos presos e das penitenciárias, dos carroceiros e condutores de veículos.

2°. Já o caso de Gestas é complicado, enquanto Dimas roubava para sobreviver Gestas era frio e violento. Considerado um dos assassinos mais perigosos da palestina antiga, sendo de família de criminosos, fazia parte do bando de Barrabás. Ele costumava matar viajantes, mulheres e crianças, pendurava suas vitimas de cabeça para baixo, as mulheres lhe cortava os seios e as crianças ele bebia o sangue. Gesta tinha predilecção por sangue de crianças, nunca conheceu Deus e não obedecia nenhuma lei.
Jesus foi crucificado na companhia destes dois ladrões, à esquerda Gestas e à direita Dimas. As sagradas escrituras nos relatam o seguinte: o da esquerda (Gestas) começou a gritar, dizendo: “Olha quantas coisas más fiz sobre a terra, e até se soubesse que tu eras rei teria acabado também contigo. Por que te chamas a ti mesmo de Filho de Deus, se não podes socorrer-te em caso de necessidade? Como, então, prestarás auxílio a qualquer um que o peça? Se tu és o Cristo, desce da cruz para que eu possa crer em ti. Mas, neste momento não te considero como homem, senão como uma besta selvagem que está perecendo juntamente comigo. E começou a dizer muitas outras coisas contra Jesus enquanto blasfemava e fazia ranger os dentes contra Ele”.
Mas o da direita, cujo nome era Dimas, vendo a graça divina de Jesus, gritava deste modo: “Conheço-te, ó Jesus Cristo, e sei que é o Filho de Deus. Vejo-Te como Cristo adorado pelos anjos. Perdoa os pecados que cometi. Não faças os astros virem contra mim no momento do meu julgamento, ou a lua, quando julgares toda a terra, posto que fosse à noite que realizei meus maus propósitos. Não movas o sol, que agora escurece por Ti, para que eu possa manifestar as maldades de meu coração. Já sabes que não posso oferecer-Te presente algum pela remissão dos meus pecados. A morte já se joga em cima de mim por causa das minhas maldades, mas Tu tens o poder para expiá-las. Livrai-me, Senhor universal, do teu terrível julgamento. Não concedas ao inimigo poder para engolir-me e fazer-se herdeiro de minha alma, como o é desse que está pendurado à esquerda, pois estou vendo como o diabo recolhe sua alma, enquanto suas carnes desaparecem. Tampouco me ordenes passar para o lado dos judeus, pois os vejo submergir num grande pranto a Moisés e aos profetas, enquanto o diabo se ri às suas costas. Senhor, antes que minha alma saia ordena que meus pecados sejam apagados e lembra-te de mim, pecador, em teu reino, quando julgares as doze tribos por sobre o trono grande e alto, pois é grande e tormento que preparaste para o teu mundo por tua própria causa”.
Quando o ladrão terminou de falar, Jesus respondeu-lhe: “Em verdade digo-te, Dimas, que hoje mesmo estarás comigo no paraíso.

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